sábado, 5 de maio de 2007

a poesia medíocre

A poesia medíocre
"(...) No meio do caminho há uma pedra, há uma pedra no meio do caminho." Esse poema de Carlos Drummond de Andrade continua a expressar a dualidade por qual perpassa no inteím sempre do 'fazer poético', entre o contexto a qual o poeta pretende declamar para "vivificar" 'poético' com uma mensagem, mas, geralmente, compreendendo no ato da poesia, o poeta, este ser Milagroso que se serve voluntariamente na condução transformadora do comum das visões para uma reabertura disso desplugadas das sensações reais que só desmerecem num levante intertextual, faz da eperiência realística um mundo de visões surreal e completamente emblemático quano elimina todas as características lineares que assimilam um sentido que traz só a lembrança da exposição do existencial. O que sabemos sobre a Linguagem Poética, é que, ao longo do tempo, forma se forjando várias vertentes num desvarío de tentar para Arte Beletrista até concentrarem totalmente contra quaquer intenção que seja "conservadora" em colocar o verso e os fatores lingüísticos assim numa pirâmide, como se sabe, apanha-se os contrastes e ver-se numa Arte 'concentradora de visões e de conclusões propreamente não-poético'. Porém é isso o que nos conta a História da Poesia. Também, baseado nos fatos que traz a História, podemos conhecer mais, quando for possível encontrar relações com a história e vida 'pregressa' do artista e ainda o 'arrebatado intencional' do trabalho artístico, que, durante os tempos e aí vão séculos a fio, a arte poética começou sendo (e feita) no que tem de seus mais peculiares atributos discursivo, a oportunidade dos verbetes desencontrados do pensamento em emitir só a única produção dos lamentos e preocupações. Do período alexandrino ao tempo que ainda não se iniciava com a reabertura de conceitos estritamente de contestações filosóficas com Sócrates, os poetas de então, em menor número nos mosteiros todos encastelados, assim até para uma produção de sua poesia mais livre desde a estética e o pensamento anti-litúrgico, era o mundo com seus 'costumeiros' deslizes morais e derrapagens além-mar pela falta de singeleza do Amor e da Verdade. Não que no decorrer desse intervalo da história, a poesia possa ter sido influênciada por alguma mudança considerável e um lado de sua vertente da mensagem poética no plano físico tenha ficado só para aquela época. Um dado específico que torna a poesia assim incomensurável em todos os tempos que traz e repassa o tem po em qualquer época, é o tempo que o poeta sai levando do mesmo modo como é levado nele o tempo no curtíssimo espaço social em que o poeta ver sem poder estar; ou seja, a impossibilidade do Ser Maravilhoso que faz das suas visões uma transformadora influência de colocação causal, a experiência que nega e lhe serve mais tarde para forjar no seu pensamento de idelidade um mundo de visões conhecíveis. Na história das pessoas, e a dos homens supericiais ao mesmo ataque com suas ações pouco acertadas no alvo, na História da Poesia conta que 'o aparecimento da poesia' surge mais para trazer algum alento e reconsideração de toda a mecânica dos passos diários e a frustração possível que a própria conquista. Como os poetas não vêem isso? E como eles enxergam outras coisas num horizonte mais além, fazendo desperceber esta realidade de desmerecimento do poético que não é o pleno gozo dos sentidos, sem causar rebelião nessas mentes, por que aí traz incompreenssão e por fim reverbera numa tal confusão irreversível que não é a intenção finalizadora do viver plenamente o bem da poesia? Afinal, o trabalho artístico, por toda inaudível beleza, mas não somente isso, a beleza do acabamento duma obra-prima traz para o cidadão leigo nos assuntos de Arte uma arrebatadora capacidade de perscrutar todos os seus sentidos amolecidos por algum motivo pessoal e enxergar nele um novo mundo de oportunidades para abreviar as dores compulsórias desse motivo, pode continuar sendo o artístico assim como surgiu, até sofrer as mudanças necessárias de seu principal operário: o artista. Como pode também servir-se de auto-ajuda sem precisar ser auto-ajuda. Em suma, pode o trabalho artístico seguir o próprio instinto de Arte naturalmente, quando pode dar serviço extra-curricular-artístico, sem que o artista, ou o escritor, ou o poeta, sejam conduzidos além da própria natureza para apenas satisfazerse como arte comprometedora dos problemas do individúo. Não é mesmo uma exigência daquele que 'operacionaliza o fator poético' do outro lado, sentado na sua cadeira. Simplesmente não se pode evitar que a publicidade arte do artista, por que foi feita no isolamento das prerrogativas das sensações urbanas, se chega 'num outro modo' aos ouvidos de alguém que quer ouvir, e nos olhos da pessoa que se dispôe para ler. Este fato independe mais do artista que da arte que é feita por ele.
sergio bittencourt silva filho
Publicado no Recanto das Letras em 27/01/2007

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